O topônimo do Olho D`Água originou-se  de um olho d`água situado à margem esquerda do rio Genipapo, aterrado pelos indígenas, quando foram expulsos invasores. As terras que formam o município de  Olho D`Água pertenciam ao casal Pedro Leite Ferreira e Isabel Gomes de Almeida que compraram aos herdeiros de João de Andrade de Medina. Com a morte dos pioneiros as datas de Malhada do Boi e Tapera foram divididas com os herdeiros, dentre eles os Sr. Antônio Luís do Sacramento, genro do casal primitivo.

A produção agrícola teve seu desenvolvimento com o Sr. Manoel Rodrigues de Carvalho e Silva que instalou o primeiro engenho da região. No ano de 1815, Antônio Luís do Sacramento fez doação de um terreno ao patrimônio de São João Batista. Os moradores da região organizaram uma campanha para aquisição da imagem de São João Batista tendo o Sr. João Leite Ferreira como chefe do movimento.

Com o desenvolvimento do povoado, teve início a feira em 1901, em consequência da afluência de pessoas às frequentes corridas de cavalos. No ano de 1910, sob orientação do Sr. João Batista, foi construída a atual igreja da cidade. Em 1928, foi instalada a Agência dos Correios e Telégrafos, sendo-lhe a primeira agente a Sra. Isabel Loureiro.

Em 1930, foi o povoado invadido por tropas do Cel. José Pereira de Lima que incendiaram várias casas e fazendas.

Aspectos Socioeconômicos

O município foi criado pela lei nº 2.670 de 22 de Dezembro de 1961 e instalado em 23 de Outubro de 1962. De acordo com último censo do IBGE, a comunidade possui uma população de 7.831 habitantes, dos quais 3.819 são homens e 4.012 mulheres. Desse total o n úmero de alfabetizados com idade igual ou superior a 10 anos é de 3.860 o que corresponde a uma taxa de natalidade de 63,1%. A cidade contém cerca de 1.728 domicílios particulares e permanentes, destes 670 apresentam sistema de esgotamento sanitário, outros 810 são abastecidos pela rede geral de água e 283 disp õem de serviço de coleta de lixo.

No setor de saúde o serviço é prestado por 01 hospital com 15 leitos e 05 unidades ambulatoriais. A educação conta com o concurso de 39 estabelecimentos de ensino fundamental e 01 de ensino médio. A agricultura, seguida pelo com ércio constituem as principais atividades econ ômicas da comunidade.

O total de empresas atuantes com CNPJ são em número de 38. 

 Aspectos Fisiográficos

Em termos climatológicos o município acha-se inserido no denominado “Polígono das Secas”, constituindo um tipo semi-árido quente e seco, segundo a classificação de Koppen (1956). As temperaturas são elevadas durante o dia, amenizando a noite, com variações anuais dentro de um intervalo 23 a 30º C, com ocasionais picos mais elevados, principalmente durante a esta ção seca. O regime pluviométrico, al ém de baixo é irregular com m édias anuais de 1.219,3 mm/ano.

Devido às oscilações dos fatores climáticos, podem ocorrer variações com valores para cima ou para baixo do intervalo referenciado. No geral, caracteriza-se pela presença de apenas 02 estações: a seca que constitui o verão, cujo clímax é de Setembro a Dezembro e a chuvosa denominada pelo sertanejo de inverno. A vegetação é de pequeno porte, típica de caatinga xerofítica, onde se destaca a presença de cactáceas, arbustos e arvores de pequeno a m édio porte.

Os solos são resultantes da desagregação e decomposição das rochas cristalinas do embasamento, sendo em sua maioria do tipo Podizólico Vermelho-Amarelo de composição arenoargilosa, tendo-se localmente latossolos e porções restritas de solos de aluvião. A rede de drenagem édo tipo intermitente e seu padrão predominantemente dentrítico, devido à exist ência de fraturas geológicas, mostra variações para retangular e angular. Os riachos e demais cursos d’ água que drenam a área, constituem afluentes da denominada Bacia do Rio Piancó

O relevo acha-se incluso na denominada “Planície Sertaneja”, a qual constitui um extenso pediplano arrasado, onde localmente se destacam elevações residuais alongadas e alinhadas com o “trend” da estrutura geológica regional.